quarta-feira, 23 de março de 2011

Havia um chiclete


Havia um chiclete no buraco da fechadura da porta do meu carro. Que nojeira, pensei. Quem seria o dono da saliva repugnante que expulsara de sua boca a maçaroca elástica e sem gosto? Um skatista, um masoquista, um mendigo ou um manobrista? Uma de salto, uma criança, uma órfã ou uma tança? Havia um chiclete, e bem ali. Logo ali. Tinha o formato de um rosto com boca, nariz e sem olho. Seria a assinatura do vândalo anônimo? Uma mensagem enigmática? Ou a simples exteriorização complexada de um sentimento difícil de ser engolido? Não sei, só sei que havia um chiclete bem ali e EU precisava dar um fim!

(Sábado, 06/03/2010)

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