domingo, 3 de abril de 2011

Enquanto a máquina batia

Enquanto a máquina de lavar canta, a secadora abre a boca impaciente, é preciso esperar. Algumas coisas precisam de ciclos, ciclos vitais, ou para sobreviver, ou para automaticamente apenas executar. Nessas horas a loucura de tanto pensar dá medo, medo de não sobreviver à segunda-feira ou apenas de não suportar sua rotina esmagadora, porém necessária. No filme Remember me, o protagonista, ainda no início do filme, cita Gandhi, ao dizer que “Todas as coisas que fazemos na vida são insignificantes, no entanto, é extremamente importante que as façamos, pois ninguém mais irá fazê-las”. Essa frase lembra Einsten que dizia repetir por prazer os mesmos cálculos, apenas para manter o cérebro em atividade constante. O que nos faz questionar por que fazemos o que fazemos? Por que lavar o que será sujado em segundos? Por que fazer a cama pela manhã se à noite ela estará no mesmo estado de desordem inicial? Apenas para ter o que fazer? Para evoluir? Para aprender a aprender, aprender a ser, a conviver, a fazer, como nos trás as leis de diretrizes e bases da educação? Com quais propósitos afinal? Para que hoje sejamos melhores do que ontem? Por que motivo? Para que razão? Por que a sociedade assim nos impõe, a família, as organizações, os 5 sensos, a ética a moral?... Nada esclarece, nada justifica tais porquês. Nessas horas busco a resposta na filosofia, a qual justifica sua existência não para responder, mas para ensinar a perguntar.... Pronto! Agora, até amanhã cedo, enquanto todos dormem, a secadora fará o seu gentil trabalho!

Nenhum comentário:

Postar um comentário